Dia 7 de Fevereiro de 1923 ocorre a greve dos gráficos no Brasil, profissionais que lutavam por aumentos salariais e condições dignas de trabalho, visto a longa jornada de trabalho da classe trabalhadora brasileira. Após a greve, a classe trabalhadora dos gráficos se organiza no sindicato da classe gráfica e a União dos Trabalhadores Gráficos, liderada por João da Costa Pimenta, um linotipista (profissional operava as máquinas de prensa gráfica da época).
João da Costa Pimenta, também líder da greve, foi um grande ativista político e chegou a ser preso mais de 40 vezes por lutar pelos direitos dos trabalhadores: organizou várias lutas trabalhistas até a revolução de 1930, antes da opressão imposta pelo Estado Novo. Em 1917 (ano da greve geral), participou da insurreição operária do país, promovida pelos anarquistas, em 1922 foi um dos oito delegados na fundação do PCB e em 1945 ajudou a fundar o PSB.
A greve dos gráficos durou 42 dias até que todas as empresas de São Paulo reconhecessem as reinvindicações da classe, visto a grande importância que o trabalhador gráfico na imprensa da época. A resistência e organização dos trabalhadores nesta greve de não cederem a migalhas dadas pelas empresas nas “negociações” foram fundamentais para o sucesso das reinvindicações, marcando o dia 7 de Fevereiro como algo a ser lembrado e inspirar gerações a lutarem por seus direitos.
Referências:
- CUT – O gráfico dos gráficos: João da Costa Pimenta
- Sindigráficos – Mês do Gráfico: 91 anos de uma história de força do trabalhador brasileiro