O HMS Bounty foi um navio da Marinha Real Britânica, que em 1789 tinha a missão de transportar 1000 mudas de fruta-pão coletadas no Taiti para Jamaica. A viagem fica marcada pelo motim contra o capitão William Blight, onde dos 42 tripulantes, 9 se amotinaram, sob comando do imediato Fletcher Christian, que já foi amigo de Blight e tinha navegado com ele em outras ocasiões. dos 33 restantes, 18 embarcaram numa pequena lancha junto com Blight, que mesmo nas circunstâncias adversas conseguiu chegar até a ilha de Tofua. Os outros 15 foram deixados em Taiti, já que se recusaram a continuar no motim, temendo a pena da coroa inglesa.
Christian embarcou no seu navio alguns homens taitianos, para suprir a falta deixada pelos homens leais a Blight. Também levou mulheres taitianas, que estabeleceram relações afetivas com os marinheiros, durante a estadia de 5 meses na coleta de mudas de fruta-pão.
Na procura de um esconderijo, os amotinados chegaram a ilha de Pitcairn. Queimaram o navio no dia 23 de Janeiro de 1790, para que a marinha não pudesse identificar o HMS Bonuty e que a ilha estava habitada. Houve muita dificuldade em se estabelecer na ilha, ocorrendo intrigas e até assassinatos.
Os descendentes diretos dos amotinados e as mulheres taitianas habitam a ilha até hoje, sendo 23 de janeiro “o dia de Bounty” (“Bounty Day”) na ilha Pitcairn, a data também é comemorada dia 8 de junho nas ilhas de Norfolk, onde os habitantes de Pitcairn chegaram em 1856, recebendo concessões de terra da rainha Victoria.
A história do HMS Bounty influenciou obras como The Great Revolution in Pitcairn, 1903, por Mark Twain e Les Révoltés de la Bounty, 1879, por Júlio Verne e a trilogia de Charles Bernard Nordhoff e James Norman Hall (Mutiny on the Bounty, 1932; Men Against Sea, 1933; e Pitcairn’s Island, 1934) que rendeu muitas adaptações cinematográficas entre 1933 e 1984. Na cultura Pop, o HMS Bounty foi referenciado em Star Trek (no filme the Voyage Home), onde o Almirante Kirk captura uma nave Klingon e é batizada de HMS Bounty.