Dia 21 de Janeiro de 1793, sobe ao cadafalso da Place de la Révolution o deposto rei Louis XVI, condenado a morte por alta traição, devido aos eventos em curso da revolução francesa, desencadeada pela insatisfação ao regime monarquista, marcado por desigualdade social, altos impostos e preços elevados da comida. A execução entrou o curso devido ao discurso do líder revolucionário Robespierre, que defendia a pena ao rei para legitimar a revolução.
O executor foi Charlie-Henri Sanson, da sexta geração da família de executores da coroa, os Sanson. Charlie desprezava os negócios da família e a pena de morte em si. Não podendo mudar o sistema punitivista do regime monárquico, que muitas vezes envolvia sessões de tortura e métodos de execuções cruéis, tentou implementar um método de execução que fosse mais justo, dando uma morte rápida e limpa ao condenado, ao mesmo tempo em que o executor não precisasse sujar suas mãos de sangue. A invenção foi aprimorada por Joseph Ignace Guillotin e aprovada oficialmente por Louis XVI em 1792 (ironicamente menos de um ano antes de ser executado nela). Após os eventos, Charlie passa a prestar serviços aos revolucionários.
Assim, ao contrário dos métodos de punição que foram instrumentos de medo pela monarquia francesa, a guilhotina prezava por uma punição justa e igualitária a todos, sendo símbolo revolucionário francês e marcando o fim de mais de um milênio de regime monárquico na França.