Descoberta da Super Nova 1987A

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Dia 23 de Fevereiro de 1987 é um marco para a astronomia moderna, pois pela primeira vez uma Supernova pôde ser observada com equipamentos modernos: Batizada de Shelton SN 1987A, a supernova se encontra na Nuvem de Magalhães, a 168 mil anos luz. O pico de seu brilho foi em maio de 1987 chegando a 3 de magnitude, observada por Ian Shelton no observatório de Las Campanas no Chile pela universidade de Toronto. Poucos meses depois a supernova foi perdendo seu brilho. A partir daí a SN 1987A se tornou um dos objetos celestes mais observados e estudados até hoje, sendo o exemplo prático em “tempo real” da fase final da vida de uma estrela massiva, onde ela entra em colapso e explode, resultando em um brilho capaz de ofuscar galáxias, perdendo intensidade pouco tempo depois.

Embora ao longo da história da humanidade várias supernovas fossem observadas, nenhuma pôde ser estudada devido as limitações tecnológicas da época, mas elas sempre fizeram parte do imaginário da humanidade. O primeiro registro foi feito pelos chineses em 185 a.C., registrado no livro de Han, que falava sobre a história da China na Dinastia Han (entre 206 a.C. até 220 d.C.). Era descrita como uma estrela que brilhava muito mas não se movia, então não era um cometa. Após oito meses, a estrela “desaparece”, sendo batizada de “estrela visitante”.

Posteriormente os restos remanescentes da supernova foram descobertos em forma de um aglomerado gasoso, sendo batizada de SN 185 (RCW 86) com técnicas modernas de observação, foi possível teorizar que a supernova aconteceu dois mil anos atrás, e a posição no céu batia com as descrições dos chineses, sendo muito provável que se tratava do mesmo objeto celeste.

“No segundo ano da Época Zhongping[中平], na décima lua, no dia Kwei Hae (7 de dezembro), uma estranha estrela apareceu no meio de Nan Mun (Asterismo contendo Alpha Centauri). Era como uma larga esteira de bambu. Exibiu as cinco cores, ao mesmo tempo agradável e diferente. Ela gradualmente diminuiu. Na sexta lua do ano seguinte, ela desapareceu.”

Referências:

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