Descoberta de Plutão

No dia 18 de Fevereiro de 1930 o astrônomo Clyde Tombaugh observa pela primeira vez o “Planeta X”, posteriormente batizado de Plutão. Tomboaugh já havia descoberto vários asteroides em suas observações, mas a hipótese de que o novo astro seria um asteroide foi descartada.

O “Planeta X” já havia sido previsto por Percival Lowell: devido as observações de Johann Galle de Netuno, notava-se que Netuno não estava dentro da rota prevista, criando a teoria de que algum astro interferia na sua rota. Esse astro foi teorizado como “Planeta X”, em 1906 Lowell constrói um observatório com a missão de localizar o planeta. Porém para isso era necessário um laborioso processo matemático e físico para prever sua localização: eram as chamadas “computadoras”, uma profissão que reunia mulheres que faziam uma sequencia enorme de cálculos repetitivos e complexos. Embora tenha recebido pouco reconhecimento, o trabalho de Elizabeth Langdon Williams foi essencial na descoberta de Plutão.

O nome foi dado em homenagem ao Deus romano Pluto, que tinha a capacidade de ficar invisível, e também por ter as iniciais PL de Percival Lowell.

Em 2006, Plutão é rebaixado para planeta-anão por Michael E. Brown, uma decisão polêmica entre os astrofísicos e comunicadores científicos como Neil DeGrasse Tyson (um dos responsáveis pelo rebaixamento), a justificativa foi de que Plutão se encontrava no cinturão de Kuiper, uma larga zona que se estende desde a órbita de Netuno até 50UA (cerca de 7,5 bilhões de quilômetros do Sol). Nesta zona, foram descobertos muitos astros similares a Plutão: Éris, o segundo maior planeta-anão chega a ser até mais massivo que Plutão, além da “lua” Caronte ser apenas um pouco menor que o astro, tanto que os dois astros orbitam em torno de um centro de massa comum, tornando esse sistema um “planeta-anão duplo” um caso singular no sistema solar.

A justifica para o rebaixamento foi a de que todos os astros similares a Plutão deveriam ser considerados planetas também, se Plutão não fosse rebaixado. A categoria dos objetos transnetunianos de planetas-anão também podem ser classificados como plutoides, em homenagem a esse icônico astro que dança com Caronte nos confins gelados do nosso sistema solar.